Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O ex-presidente Fernando Collor, 75, preso na madrugada desta sexta-feira (25) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou a sede da Polícia Federal em Maceió nesta tarde e foi transferido para a ala especial do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira.
Segundo o G1, o político deve ficar em regime fechado e em uma cela individual. Ele foi preso hoje após ter sido condenado em 2023 em um processo derivado da Operação Lava Jato. A pena é de oito anos e dez meses, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A transferência para uma ala especial da penitenciária foi autorizada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes após audiência de custódia. Na sessão, Collor pediu para ser mantido preso em Alagoas e não ser transferido para Brasília.
Antes disso, a defesa do ex-presidente já havia solicitado ao STF a prisão domiciliar, uma vez que o ex-presidente tem idade avançada e teria “comorbidades graves”, como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.
Diante desse cenário, Moraes decidiu que a direção do presídio de Maceió informe, em 24 horas, se tem as condições necessárias para tratar a saúde do ex-mandatário, e encaminhou a solicitação de prisão domiciliar para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entenda a condenação de Collor
Collor foi denunciado ao STF em 2015 pela PGR, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça.
À época, o órgão afirmou que o ex-presidente recebeu R$ 26 milhões de propina entre 2010 e 2014 por ter intermediado contratos firmados pela BR Distribuidora, que era vinculada à Petrobras. Os contratos diziam respeito à revenda de combustíveis, programas de milhagem e outros.
Collor usava sua influência na BR Distribuidora para beneficiar algumas empresas e, em troca, recebia “comissão” pelos contratos firmados.
As informações são do Diário do Nordeste