A Anvisa autorizou o início de nova etapa do ensaio clínico da primeira vacina específica para hanseníase do mundo, a LepVax. A vacina é desenvolvida em esforço colaborativo do Ministério da Saúde, Fiocruz e instituições internacionais. A publicação da autorização da fase 1b dos ensaios foi divulgada nesta segunda-feira pela Agência.
A vacina já passou por testes na fase pré-clinica e fase 1a, nos Estados Unidos, e foi considerada segura e bem tolerada em adultos saudáveis, com aplicação por via intramuscular.
Os novos testes, da fase 1b, que serão feitos no Brasil, também vão avaliar a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade da LepVax contra a doença. A pesquisa vai recrutar 30 adultos saudáveis no Ambulatório Souza Araújo, no Rio de Janeiro. Os participantes vão receber doses do imunizante em três etapas com intervalos de 28 dias entre elas.
Com base nos resultados obtidos nessa fase, a Fiocruz vai poder pedir nova autorização à Anvisa para a realização da fase 2a, que deve contar com 24 pacientes com hanseníase paucibacilar.
O painel Indicadores e Dados Básicos de Hanseníase nos Municípios Brasileiros, do Ministério da Saúde, registrou mais de 22 mil novos casos da doença no ano passado.
A hanseníase, que antigamente era chamada de Lepra, é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A infecção afeta a pele e os nervos periféricos, provocando lesões com alto poder incapacitante. A transmissão acontece por meio de secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro de pacientes infectados e sem tratamento.
Entre os sintomas estão manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração da sensibilidade ao calor, ao frio, ao tato e à dor.
A hanseníase tem cura e o tratamento é feito com antibióticos. O Sistema Único de Saúde disponibiliza o tratamento e o acompanhamento da doença nas unidades básicas de saúde e unidades de referência.
As informações são da Agência Brasil