A coqueluche, doença bacteriana prevenível por vacina, voltou a deixar o mundo em alerta. Ao menos 17 países da União Europeia registram aumento de casos: em todo o ano passado, foram notificadas 25,1 mil ocorrências no continente; só entre janeiro e março deste ano, foram mais de 32 mil. A maior incidência ocorre em crianças menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.
Na Ásia, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China informou que, em 2024, foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos por coqueluche, até fevereiro.
Na América do Sul, a Bolívia também registrou surto da doença, com 693 casos confirmados de janeiro a agosto de 2023, sendo mais de 60% em menores de 5 anos. O país também contabilizou oito óbitos.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8,6 mil casos. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados oscilou de 1,5 mil a 3,1 mil. A partir de 2020, houve redução significativa de casos, associada ao isolamento social pela Covid-19.
De 2019 a 2023, todas as 27 unidades federativas notificaram casos. Os Estados com mais registros foram:
Pernambuco: 776
São Paulo: 300
Minas Gerais: 253
Paraná: 158
Rio Grande do Sul: 148
Bahia: 122
No mesmo intervalo, foram registradas 12 mortes pela doença, sendo 11 em 2019 e uma em 2020.
Em 2024, a Secretaria de Saúde de São Paulo notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho, um crescimento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, com apenas 16 registros.
O QUE É A COQUELUCHE
A doença respiratória é causada pela bactéria Bordetella pertussis e também conhecida como tosse comprida. A infecção provoca crises de tosse seca, mas a doença pode atingir também traqueia e brônquios. Os casos tendem a se propagar em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.
Bebês menores de 6 meses podem apresentar complicações pela coqueluche e o quadro pode levar à morte.
As informações são do Diário do Nordeste