Um mapeamento divulgado pelo Governo Federal, na semana passada, revela que 11 das 29 cidades do Cariri possuem áreas suscetíveis a desastres ambientais. As áreas de risco representam 38% dos municípios caririenses e 15%, quando a região é comparada ao total de 74 cidades em situações semelhantes no Ceará.
Conforme o estudo, o aumento dos eventos extremos de chuvas, em frequência e intensidade, desafia todos os países, especialmente aqueles de maior extensão territorial, como o Brasil. As pessoas pobres são as mais vulneráveis. “A urbanização rápida e, muitas vezes desordenada, assim como a segregação sócio-territorial, têm levado as populações mais carentes a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas”, explica o Governo Federal.
O Ceará fica atrás apenas de Minas Gerais (99 cidades), São Paulo (89), Maranhão (81) e Santa Catarina (77), em quantidade de cidades com possibilidades de desastres. No Cariri, os riscos estão associados a inundações, deslizamentos de terras e enxurradas. No total, 12.406 pessoas moram nas áreas mapeadas no estudo feito. A maioria delas está localizada em Crato, que totaliza 3.851 habitantes nesta situação.
Na sequência estão Juazeiro do Norte, com 3.567 pessoas em áreas de risco; Lavras da Mangabeira, com 2.427 moradores; Mauriti, com 1.140; Aurora, com 780; Brejo Santo, com 588 cidadãos nesta condição; e Missão Velha, que tem 53. Araripe, Milagres, Salitre e Tarrafas também possuem áreas de risco, mas não tiveram a quantidade de moradores nos locais divulgada. Lavras da Mangabeira lidera em termos proporcionais entre pessoas em áreas de risco e a população total.
As informações são do Jornal do Cariri