Morreu nesta quinta-feira (16) o narrador Silvio Luiz, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. A informação foi confirmada pelo Hospital Oswaldo Cruz, onde o jornalista estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 8 deste mês.
Silvio Luiz teve um mal-estar enquanto narrava Palmeiras x Santos, pela final do Campeonato Paulista, no dia 7 de abril, e precisou ser internado em seguida. Cléber Machado chegou a comentar que o colega estava hospitalizado e estimou melhoras durante a transmissão de Real Madrid x Manchester City, pela Liga dos Campeões.
Carreira na comunicação
Sylvio Luiz Perez Machado de Souza, popularmente conhecido como Silvio Luiz, nasceu em São Paulo em 14 de julho de 1934 e começou a carreira na comunicação com a ajuda da mãe, Elizabeth Darcy, que era locutora. Em 1952, o narrador ingressou na Rádio São Paulo para participar de locuções e radionovelas. Em seguida, foi para a TV Paulista, onde começou a jornada na área esportiva como repórter de campo, aos 17 anos.
Já aos 18, Silvio Luiz começou a primeira passagem pela TV Record, e fazia tudo o que aparecesse na emissora. Foi repórter, operador de câmera, apresentador e até ator, quando interpretou o Julinho na primeira versão da novela Éramos Seis.
Em 1960, rumou para a Rádio Bandeirantes, onde cobriu a Copa do Mundo de 1962, e integrou também a equipe de transmissão do torneio na edição de 1974, naquele que foi o último trabalho como repórter de campo. Em 1976, voltou à TV Record, dessa vez como diretor de programação. Começava, assim, a carreira de Silvio Luiz como narrador.
Ele se revezava na locução das transmissões com Hélio Ansaldo. Pouco depois, Hélio pediu para Silvio assumir todas as narrações das partidas, e o paulistano se tornou o principal narrador da emissora.
Não demorou para que Silvio cativasse o público. Seu jeito irreverente, que unia humor e descontração à informação esportiva, chamava a atenção. As transmissões eram marcadas por bordões como ‘olho no lance’, ‘pelo amor dos meus filhinhos’, ‘pelas barbas do profeta’ e ‘vai mandar lá no meio do pagode’, frases que transcenderam o meio esportivo e ficaram amplamente conhecidas.
As informações são do Diário do Nordeste