Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) mostra que, neste ano, 24 municípios cearenses apresentaram alta vulnerabilidade em relação a aspectos climatológicos, agrícolas e sociais. A análise é feita a partir do Índice Municipal de Alerta (IMA), que avalia um conjunto de 12 indicadores, como produção agrícola, perda de safra, distribuição de chuvas e índice de aridez para o primeiro semestre do ano.
O índice varia entre 0 e 1, representando menor ou maior vulnerabilidade, respectivamente. O município com situação mais crítica, segundo o estudo, é Independência, localizado no Sertão de Crateús, onde o indicador foi de 0.848. Em seguida, aparecem Milhã (0.7859), no Sertão Central; Acopiara (0.7742) e Baixio (0.7727), ambos no Centro Sul, e Itatira (0.7684), no Sertão de Canindé.
No outro extremo, como municípios menos vulneráveis, estão Ibiapina (0.2962), na Serra da Ibiapaba; Fortaleza (0.3773); Ubajara (0.3837), também na Serra da Ibiapaba; Eusébio (0.3863), na Grande Fortaleza, e Barroquinha (0.4070), no Litoral Norte. Ao todo, 26 cidades aparecem com essa classificação.
O IMA é calculado desde 2004 para todos os 184 municípios do Ceará. A partir disso, as cidades são classificadas em quatro classes de vulnerabilidade — alta, média-alta, média e baixa —, ajudando a identificar as áreas que necessitam de intervenções prioritárias. Neste ano, há ainda 80 cidades com “média-alta vulnerabilidade” e 54 com “média vulnerabilidade”.
Pela metodologia, a análise considera os indicadores no período de janeiro a junho de cada ano. “Isso reflete o objetivo do índice de servir como uma ferramenta preventiva, orientando as ações para enfrentar adversidades climáticas em um determinado ano”, explica Cleyber Nascimento de Medeiros, analista de Políticas Públicas do Ipece e autor do estudo.
As informações são do Diário do Nordeste