O estado do Ceará confirmou, por meio da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a existência de 96 casos de febre do oropouche — um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica na região. Conforme boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado em 2 de agosto, os casos foram detectados na região do Maciço do Baturité.
Conforme a Sesa, os casos foram confirmados nas cidades de Pacoti (28), Mulungu (26), Aratuba (22), Redenção (17) e Palmácia (03). Os municípios com casos confirmados estão localizados em duas Coordenadorias Regionais de Saúde (Coads), de Baturité (03 municípios) e Maracanaú (02 municípios) que fazem parte da Superintendência Regional de Saúde de Fortaleza (SRSFOR).
Conforme boletim, até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas. A febre do oropouche é uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora, entre outras denominações.
O diagnóstico da febre do oropouche é feita por um teste, que utiliza biologia molecular e busca o material genético do vírus.
A Sesa está realizando investigações complementares para compreender melhor o cenário dessa doença no Estado.
Os pacientes com a febre do oropouche são, geralmente, diagnosticados com febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses, o que ressalta a importância de um diagnóstico diferencial por meios laboratoriais.
“Apesar dos casos confirmados, até o momento não há indicação de uma ameaça iminente à saúde”, informou a Pasta em boletim.
Segundo a Sesa, dos casos confirmados (96), 57,2% (55/96) são do sexo masculino e as idades estão entre 14 e 79 anos. A maioria dos casos confirmados reside ou frequenta a zona rural dos municípios.
No Ceará, a distribuição dos casos por Semana Epidemiológica do início dos sintomas, observa-se que as SE 27 (30/06 a 06/07/2024) e 29 (14/07 a 20/07/2024) concentram os maiores registros de casos confirmados 59,3% (57/96).
As informações são do Diário do Nordeste