Com mais de seis milhões de casos prováveis de dengue somente este ano, o Ministério da Saúde vem adotando várias estratégias para diminuir os casos da doença no país. Na mais recente delas, a pasta oficializou que vai utilizar uma técnica das Estações Disseminadoras de Larvicidas, que foi desenvolvida por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, como mais um mecanismo de combate ao mosquito transmissor de doenças como a zika, a febre Chikungunya e a dengue.
As Estações Disseminadoras de Larvicidas consistem em um equipamento simples, que utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida em pó. A armadilha atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e, ao pousar, o larvicida adere ao corpo do mosquito presente nas estações. Essas fêmeas, impregnadas com veneno, ao visitarem outros criadouros em um raio de até 400 metros, acabam contaminando outros recipientes com o inseticida, freando o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo assim a infestação pelo mosquito.
A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente informa que irá adotar a técnica inicialmente em áreas de risco de 15 cidades do Brasil.
As Estações Disseminadoras de Larvicidas foram desenvolvidas pelo Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia, da Fiocruz Amazônia. Na fase de teste, a estratégia foi aprovada em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões do país. Em Brasília, por exemplo, os estudos mostraram uma redução de 66,3% na densidade de mosquitos adultos. Já em Fortaleza, Manaus e Marília, houve redução nos casos de dengue nas áreas onde as estações foram implantadas, quando comparados com outras áreas sem o equipamento.
As informações são da Agência Brasil