O Ceará confirmou, na última sexta-feira (21), o primeiro caso da febre oropouche, ocorrido em maio, conforme divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A orientação é que a população reforce os cuidados contra a transmissão da doença que, assim como a dengue, a zika, a chikungunya e a febre amarela, é viral e transmitida por um mosquito.
Um dos pontos de atenção é que os sintomas da doença são semelhantes aos de outras arboviroses, como dores no corpo e de cabeça, além da própria síndrome febril. Logo, identificar se o paciente está especificamente com o vírus pode ser desafiador.
Em entrevista à Verdinha FM 92.5, na manhã da segunda-feira (24), o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto, esclareceu dúvidas sobre o assunto.
O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) provoca a doença. A transmissão é feita principalmente por mosquitos, sendo o Culicoides paraenses, comumente chamado de ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora’, o principal vetor, tanto no ciclo selvagem quanto no urbano.
Em geral, o inseto é pequeno e voa em zigue-zague, explica Tanta. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o OROV permanece no sangue do inseto por alguns dias. Quando o transmissor pica outra pessoa saudável, pode infectá-la.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente em regiões silvestres.
O Brasil já registrou mais de 6,6 mil casos em 2024. Embora a maioria seja em estados do Norte, concentrados no Amazonas e em Rondônia, há notificações em todas as regiões do país.
SINTOMAS DA FEBRE OROPOUCHE
Conforme o MS, os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya. Os sinais incluem:
febre;
dor de cabeça;
dor muscular;
dor nas articulações;
náusea;
diarreia.
As informações são do Diário do Nordeste