A quadrilha foi reconhecida, nesta segunda-feira (24), Dia de São João, como manifestação da cultura nacional. De influência europeia, a dança faz parte das festas juninas, comuns nos meses de junho e julho.
A lei foi publicada no Diário Oficial da União e adicionou a quadrilha ao texto de uma lei sancionada em 2023, que já reconhecia os festejos juninos. As apresentações das danças típicas compõem as festividades que movimentam o turismo e a economia nesta época do ano.
De acordo com o Ministério do Turismo, as festas populares devem mobilizar mais de 21,6 milhões de pessoas, sendo que grande parte seguirá em direção ao Nordeste, onde a tradição ganha dimensões expressivas, como no município de Caruaru, em Pernambuco. Ali, são esperadas mais de 4 milhões de pessoas em 72 dias de arrasta-pé. A expectativa é que a quadrilha junina impacte a economia local em R$ 700 milhões.
Já no Sudeste, Minas Gerais tem expectativa de um aumento de 20% dos participantes nas celebrações populares em diversos municípios, atingindo um público de 3 milhões de pessoas em dois meses. Em São Paulo, o arrasta-pé deve movimentar 500 mil participantes, em 300 municípios, segundo o Ministério do Turismo. As festas juninas têm um peso importante na economia, mesmo em locais onde a tradição não é tão intensa, como avalia a professora da Universidade Federal Fluminense, Flávia Lages.
Na Região Norte, a capital de Roraima, Boa Vista, promete mobilizar 370 mil pessoas e movimentar R$ 20 milhões. Já em Palmas, no Tocantis, 60 mil pessoas devem celebrar os santos, em cinco dias de festa do tradicional Arraiá da Capital.
A quadrilha foi introduzida no Brasil no século 19. A dança surgiu na França, onde os nobres dançavam em quatro duplas organizadas de forma retangular – daí o nome quadrille, em francês.
As informações são da Agência Brasil