A pandemia de covid-19 derrubou a expectativa de vida, a frequência escolar e a renda do brasileiro. Entre 2020 e 2021, a esperança de vida da população caiu de 76 para 74 anos. A frequência nas escolas, de crianças e jovens entre 6 e 14 anos, passou de 99,27% para 98,84% e a renda per capita saiu de R$ 814 para R$ 723. É o que mostra o relatório divulgado nesta terça-feira (28) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD. O levantamento aborda o desenvolvimento humano antes e depois da pandemia.
Os dados ainda apontam que os estados do Nordeste com IDH – o Índice de Desenvolvimento Humano – mais baixo – registraram menos mortes por covid que o resto do país. E mais: se o Brasil tivesse feito o que a região fez, especialmente o Maranhão, o país poderia ter registrado 300 mil mortes a menos pela doença. O que o Maranhão fez que a maior parte do país não fez? A coordenadora de Desenvolvimento Humano do PNUD, Betina Ferraz Barbosa, explica.
“O que o estado do Maranhao fez de diferente foi ter lançado 487 medidas estaduais de combate à covid-19. Essa, nos parece, foi a evidência maior que nós encontramos na correlação entre o resultado das taxas de mortalidade por covid-19 e as medidas estaduais de combate à propagação da doença”.
Outro motivo, também, é o impacto que programas como Auxílio Emergencial e Auxílio Brasil tiveram no Nordeste durante o período. Segundo o estudo, sem eles, os reflexos sobre a renda per capita, por exemplo, “teriam sido mais acentuados”.
Por outro lado, o estudo traz dados alarmantes com relação à taxa de mortalidade. O Rio de Janeiro, por exemplo, se fosse um país, teria ficado em quarto lugar no mundo na quantidade de mortes. Perdendo apenas para o Peru, a Bélgica e a Bósnia Herzegovina. Mas, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal também aparecem nas 12 primeiras posições dessa lista.
As informações são da Agência Brasil