Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aponta que há 50% de probabilidade de ocorrerem terremotos de magnitude de até 5.1 na escala Richter em uma “janela de tempo de exposição” de 50 anos. Esse resultado foi encontrado para Acaraú, no Ceará. A região de Cascavel e Palhano pode ter tremores de magnitude até 4.7, segundo a mesma análise.
A pesquisa, de autoria de pesquisadores da UFRN e do Instituto de Geofísica da Academia de Ciências da Polônia, foi publicada na revista científica Cell. Os autores analisaram dados do catálogo da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) referentes ao período de 1990 a 2020 e consideraram quatro regiões que englobam diferentes municípios nordestinos:
Acaraú: no Ceará;
Noroeste da Bacia Potiguar (NW PoB): abrange a região em torno de Cascavel e Palhano, no Ceará;
Leste da Bacia Potiguar (E PoB): inclui a região em torno de João Câmara, no Rio Grande do Norte;
Lineamento Pernambuco (PeL): com a região em torno de Caruaru e São Caetano, em Pernambuco.
Na mesma “janela de tempo de exposição” de 50 anos, há 50% de probabilidade de ocorrerem terremotos com magnitudes de até 5 na zona Leste da Bacia Potiguar e de até 4.9 no Lineamento Pernambuco.
À medida que a magnitude dos eventos aumenta, a probabilidade de ocorrência reduz, segundo o estudo. Por exemplo, para tremores de até 6.2 em Acaraú e de até 5.9 no Leste da Bacia Potiguar, ela é de 10%. Nessas mesmas regiões, as chances de ocorrerem eventos de magnitudes 6.5 e 6.4, respectivamente, caem para 2%.
As informações são do Diário do Nordeste