A inteligência artificial vai reforçar o combate às fraudes no Bolsa Família e no CadÚnico. O governo anunciou hoje (19) que a tecnologia será usada para que os benefícios sociais cheguem a quem realmente precisa.
Esse anúncio foi feito durante a apresentação do Plano de Ações para 2024 da Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do CadÚnico. O documento prevê ações para melhorar a qualidade das informações sobre os beneficiários dos programas sociais e do Cadastro Único do Governo Federal. Como explicou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Vamos trabalhar com inteligência artificial, com uma presença maior nos estados, uma presença maior onde tudo acontece. E o objetivo é, em primeiro lugar, cumprir aquilo que é a meta do plano nacional encaminhado pelo presidente Lula. O plano do Brasil sem Fome, de redução da pobreza, e alcanças as pessoas que realmente tenham direito a qualquer dos programas que têm como referência o Cadastro Único ou o Bolsa Família. Do outro lado, não ter tolerância com quem ousa fraudar, com quem não cumpre regras e alguns que até cometem crimes”, detalhou o ministro.
O plano deste ano tem oito ações, como estruturar a comunicação da rede, criar uma unidade de inteligência em estratégia e riscos, e um canal de denúncias sobre irregularidades nas políticas sociais.
O coordenador da Rede Federal de Fiscalização, João Paulo de Faria Santos, ressaltou que a pobreza não vai ser criminalizada.
“O primeiro ponto, que é essencial, é a não criminalização da pobreza. Tentar entender que a pobreza traz uma série de vulnerabilidades e essas vulnerabilidades acabam gerando uma série de estratégias, vamos dizer assim, pra que você possa ter sua sobrevivência no dia a dia. E nossa busca não é criminalizar a pobreza, olhar para os pobres como fraudadores, malandros etc. Não é essa a lógica, pelo contrário. A nossa lógica é olhar para a gestão, olhar para a melhoria do programa, olhar para outros espaços para além disso. Isso a gente consegue com a evolução do cruzamento de dados e ampliação de bases”, esclareceu.
Dois grupos técnicos vão cuidar das questões judiciais sobre direitos de acesso aos programas sociais, orçamento e fiscalização.
Esses grupos vão tratar ainda da estruturação do Sistema Único de Assistência Social nos estados e municípios.
A rede que fiscaliza o Bolsa Família e o CadÚnico é formada pelos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, da Gestão e Inovação, pelas Controladoria-Geral e Advocacia-Geral da União e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.
Atualmente o Bolsa Família atende mais de 55 milhões de pessoas, segundo o ministro Wellington Dias.
As informações são da Agência Brasil